O texto é articulado a partir da critica pós estruturalista foucaultiana considerando alguns pressupostos essenciais, dentre eles o de cultura como ambiente de contestação produzindo sentidos e sujeitos singulares dentro de diferentes grupos sociais¹ e linguagem como elemento central de organização social e cultural².
O artigo ainda traz opiniões de homens e mulheres ante as propagandas oficiais³ e constata que as mulheres ainda são posicionadas como submissas cuja auto-estima precisa ser ativada, sendo que o homem é apresentado como um ser dotado de impulsos sexuais incontroláveis.
Porém as mulheres já não são interpretadas pelos populares como uma unidade fixa, há "a mulher casada", "a menina pobre", e até mesmo "a moça do anúncio", visto que nenhum dos entrevistados reconheceu os elementos da campanha como representação da realidade.
Por isso o Ministério da saúde vem investindo em projetos que a multiplicidade de ser homem ou mulher dá espaço para a campanha sem foco no gênero, como é o caso da campanha em que aparece uma mão tirando um preservativo masculino da gaveta.
¹Cf. Tomaz SILVA, 1999.
²Cf. Stuart HALL, 1997.
³Entrevista com pessoas vinculadas ao Programa Saúde da Família do município de Porto Alegre
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