quarta-feira, 28 de julho de 2010

Reportagem da Revista Claudia (continuação)

Eu perdoei uma traição - Tem chance?

O terapeuta Ailton Amélio* delineou o perfil dos casais com maior capacidade de enfrentar o tsunami provocado pela infidelidade e continuar unido. O que eles devem ter:

Amor Se isso tiver realmente acabado, por que seguir junto?

Memória afetiva Para cada episódio ruim, eles se lembram de pelo menos cinco coisas boas.

Independência Cultivam interesses próprios. A individualidade de cada um está preservada.

Estrutura sólida Não é regra, mas os laços são mais fortes entre parceiros de longa data, que são amigos, se respeitam, fazem planos. Os que têm filhos costumam pensar duas vezes antes de se decidir por uma separação.

Franqueza Um casal que está mais habituado a conversar sobre os problemas e sentimentos de cada um tem mais chances de falar sobre eles na hora do terremoto.

Paciência A mulher vai precisar de tempo para aplacar a ira inicial. Para recuperar a confiança dela, o marido que traiu precisa demonstrar seu amor, reassumi-la publicamente como a mulher da sua vida e fazer concessões, como deixá-la telefonar para ele no trabalho quantas vezes quiser.

* Ailton Amélio é professor doutor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo no Setor de Relacionamento Humano e coautor do livro Para Viver um Grande Amor (ed. Gente)

* Nomes trocados para preservar a identidade dos entrevistados

Um comentário:

  1. Percebi que o perdão não é uma atitude de benevolência e amor apenas. É também dependente de condições. Então pode-se dizer que amor inato não existe, o que existe são situações que beneficiam o comportamento afetivo.

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